O novo modelo da mulher brasileira

Sou mãe. Faço tudo pela minha filha. Faço tudo para um dia poder olhar para trás e ao ver uma linda construção humana, pensar que pude contribuir com cada tijolinho ali colocado.

Sou advogada. Trabalho com prazos. Recebo ligações. Whatsap. E mail´s. Atendo pessoas que simplesmente entraram porque viram a placa.

Sou filha de uma mãe muito dedicada e que hoje merece e necessita de toda minha dedicação, eis que além de ter cuidado de mim, hoje passa algumas horas com minha filha para que eu possa trabalhar sossegada. Muitas vezes sem a menor paciência tenho que ouvir seus desabafos ou até mesmo o relato de como foi sua emocionante ida à padaria hoje de manhã. Mas lá estou eu, toda ouvidos.

Sou esposa. Amo loucamente meu marido e o fato de juntos estarmos construindo uma família. Adoro minha casa. Minha vida. Não a trocaria por nada nesse mundo.

Sou mulher e adoro assim ser.

Infelizmente o dia tem somente 24 horas para tanta coisa. E por mais que os pronomes pessoais e possessivos tenham se destacado até o momento, é duro reconhecer que não sobre muito tempo para mim.

Sou tanto e ao mesmo tempo cuido tão pouco de mim. Mas escolhi ser assim. Sou feliz assim. Saindo de casa sem batom e passando maquiagem no sinal vermelho. Fazendo as unhas de vez em quando. Indo ao médico quando dá tempo para que meus prazos e a saúde da minha filha estejam em dia.

Minha profissão me suga. E eu não sou a única a passar por isso. Trabalhar com prazos, se manter atualizada, pesquisar sempre antes de escrever ou desenvolver uma nova tese… tudo isso é exaustivo.

O presente texto, no meio de um blog voltado para novidades jurídicas pretende abrir os olhos de quem enxerga a figura feminina como uma super heroína, capaz de matar todos os vilões e voltar para casa com os cabelos escovados e os dentes milimetricamente clareados.

A mulher de hoje é muito mais que uma simples dona de casa (o que já não é fácil) e isso até para aquelas que escolheram não trabalhar e cuidar da prole.

A questão não é só dividir responsabilidades. É dar valor. Incentivar. Apoiar. É entender que a vida desse novo e admirável modelo de mulher não é fácil. Mas assim é e assim será.

Daqui alguns anos, o ordenamento pátrio (após muitos estudos) entenderá esse modelo de mulher. E quem sabe, a vida dessa nova mulher será objeto de alguma prerrogativa de nossa legislação.

Meus amigos! sonhar vale a pena!

 

 

Advogada formada pela Universidade de Uberaba em 2001. Inscrita na Ordem dos Advogados do Brasil, Seção de Goiás sob o nº. 20.975. Pós Graduada em Direito Civil e Processual Civil pelo Instituto de Estudo e Pesquisa Científica sediado em Goiânia/GO e em Direito Processual Penal pela UFG. Profissional atuante em diversas áreas do Direito, sendo que desde o início de sua carreira prestou serviços a escritórios de advocacia de renome no Estado de Goiás. Autora do artigo ‘Os direitos da esposa à luz do Código Civil de 2002’, publicado na Revista do IEPC, ano 2, nº. 3, 1º semestre de 2005. Membro da Comissão de Direito Ambiental da Ordem dos Advogados do Brasil, Seção de Goiás. Atualmente é sócia do Escritório Guilherme Soares Advogados.

1 Comment

  1. Amei o texto! Expressa muito bem a realidade da mulher moderna. Parabéns!!

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