Coração de pai

Durante os cinco anos em que trabalhou na Delegacia do Meio Ambiente (Dema), em, Goiânia, o delegado Marcelo Aires Medeiros, 37, atendeu centenas de ligações e lidou com as mais diversas situações. Mas teve um telefonema que ele guarda na memória até hoje: o do Juizado da Infância e Juventude. Era um dia normal de expediente, quatro anos atrás, quando Marcelo Aires recebeu a ligação. Após dois anos na fila de espera, foi avisado de que poderia, se quisesse, realizar o sonho de ser pai. Uma menina de 20 dias estava à disposição do casal (ele e a procuradora Cláudia) no Condomínio Sol Nascente. Marcelo deixou a Dema correndo, mal viu que saiu derrubando mesas e cadeiras, e encontrou a mulher no trabalho. Juntos foram para o Sol Nascente, onde o amor desabrochou à primeira vista. Ao bater os olhos na pequena Giovana, toda enrolada em um fino cobertor, eles tiveram certeza de que aquela menininha não esperaria mais por um novo lar. A entrada de Giovana na vida do casal já era esperada, pois, além de aguardarem na fila, fizeram cursos sobre adoção no Juizado e participaram de diversos grupos de estudos. Porém, faltava um detalhe para receber a criança em casa: preparar o quarto e comprar um enxoval. “Como você nunca sabe se é menino ou menina, não tínhamos comprado nada, nem uma chupeta. E o Juizado nos deu dois dias para providenciarmos tudo”, explica Marcelo, visivelmente emocionado. Giovana foi apresentada numa quarta-feira e, na sexta, já estava na nova residência. “Tivemos de ligar para os pais, amigos e outros parentes para ajudarem a comprar o enxoval....

Por que o papai foi embora?

Excelente texto!     http://femmaterna.com.br/por-que-o-papai-foi-embora/ Janaína Mathias Guilherme Advogada formada pela Universidade de Uberaba em 2001. Inscrita na Ordem dos Advogados do Brasil, Seção de Goiás sob o nº. 20.975. Pós Graduada em Direito Civil e Processual Civil pelo Instituto de Estudo e Pesquisa Científica sediado em Goiânia/GO e em Direito Processual Penal pela UFG. Profissional atuante em diversas áreas do Direito, sendo que desde o início de sua carreira prestou serviços a escritórios de advocacia de renome no Estado de Goiás. Autora do artigo ‘Os direitos da esposa à luz do Código Civil de 2002’, publicado na Revista do IEPC, ano 2, nº. 3, 1º semestre de 2005. Membro da Comissão de Direito Ambiental da Ordem dos Advogados do Brasil, Seção de Goiás. Atualmente é sócia do Escritório Guilherme Soares...

O novo modelo da mulher brasileira

Sou mãe. Faço tudo pela minha filha. Faço tudo para um dia poder olhar para trás e ao ver uma linda construção humana, pensar que pude contribuir com cada tijolinho ali colocado. Sou advogada. Trabalho com prazos. Recebo ligações. Whatsap. E mail´s. Atendo pessoas que simplesmente entraram porque viram a placa. Sou filha de uma mãe muito dedicada e que hoje merece e necessita de toda minha dedicação, eis que além de ter cuidado de mim, hoje passa algumas horas com minha filha para que eu possa trabalhar sossegada. Muitas vezes sem a menor paciência tenho que ouvir seus desabafos ou até mesmo o relato de como foi sua emocionante ida à padaria hoje de manhã. Mas lá estou eu, toda ouvidos. Sou esposa. Amo loucamente meu marido e o fato de juntos estarmos construindo uma família. Adoro minha casa. Minha vida. Não a trocaria por nada nesse mundo. Sou mulher e adoro assim ser. Infelizmente o dia tem somente 24 horas para tanta coisa. E por mais que os pronomes pessoais e possessivos tenham se destacado até o momento, é duro reconhecer que não sobre muito tempo para mim. Sou tanto e ao mesmo tempo cuido tão pouco de mim. Mas escolhi ser assim. Sou feliz assim. Saindo de casa sem batom e passando maquiagem no sinal vermelho. Fazendo as unhas de vez em quando. Indo ao médico quando dá tempo para que meus prazos e a saúde da minha filha estejam em dia. Minha profissão me suga. E eu não sou a única a passar por isso. Trabalhar com prazos, se manter atualizada, pesquisar sempre antes de...

Adianta mudar de governo?

Esse país não tem que mudar de governo e sim de mentalidade. Mães e pais têm que deixar de criar hetero e homofóbicos e passar a educar gente. Gente mesmo, não bicho. Nem sei se bicho e a palavra certa porque um animal não mata o outro por ser diferente dele. Tem muita gente baixa, pequena, mesquinha e pobre de alma e de coração educando crianças por aí (ou deseducando). O que faz um homem ou uma mulher de verdade não e o fato de gostar de vagina ou de pênis, mas a capacidade de amar o próximo, respeitando-o e aceitando-o. Nada vai mudar nessa terra tupiniquim enquanto o povo continuar com essa mentalidade ridícula, machista e pequena. Minhas orações e pêsames aos pais enlutados que tiveram a grandeza de acolher uma criança que dois heteros abandonaram. Agora terão que enterrá-la.   http://noticias.r7.com/sao-paulo/morre-filho-de-casal-gay-agredido-em-porta-de-escola-12032015 Janaína Mathias Guilherme Advogada formada pela Universidade de Uberaba em 2001. Inscrita na Ordem dos Advogados do Brasil, Seção de Goiás sob o nº. 20.975. Pós Graduada em Direito Civil e Processual Civil pelo Instituto de Estudo e Pesquisa Científica sediado em Goiânia/GO e em Direito Processual Penal pela UFG. Profissional atuante em diversas áreas do Direito, sendo que desde o início de sua carreira prestou serviços a escritórios de advocacia de renome no Estado de Goiás. Autora do artigo ‘Os direitos da esposa à luz do Código Civil de 2002’, publicado na Revista do IEPC, ano 2, nº. 3, 1º semestre de 2005. Membro da Comissão de Direito Ambiental da Ordem dos Advogados do Brasil, Seção de Goiás. Atualmente é sócia do Escritório Guilherme Soares...

O país das barbáries chamado Brasil está preparado para institutos cujo requisito principal é a civilidade humana?

Um dos mais novos casos a chocar o país é o do pai que conseguiu ver as visitas aos filhos regulamentadas e, aos pegá-los, arremessou os mesmos contra outro veículo os matando e cometendo suicídio. A decisão que concedeu as visitas saiu antes das medidas protetivas pleiteadas pela mãe das crianças que pedia o afastamento do mesmo em função de seu perfil violento. Antes do crime, o homem deixou uma carta para a ex dizendo que ela nunca mais veria os filhos. A justiça, ao dormir mais uma vez em berço esplêndido, permitiu que a atrocidade ocorresse. Engrossam as estatísticas casos como esse, como o do menino Bernardo que saiu em busca de ajuda junto à uma promotora de justiça, bem como o dos gêmeos, se eu não me engano de São Paulo, que dias antes de serem esquartejados pelo pai e madrasta, também pediram ajuda à justiça. Enquanto isso, no velório, a mãe do pai criminoso afirma que a culpa de tudo foi da mãe das crianças que não quis dar continuidade ao casamento, colocando toda a culpa no que ela chamou de mal comportamento da moça. Isso mesmo, o filho dela matou quatro crianças, mas a culpa não foi dele. Ele foi levado a isso de acordo com a amorosa avó. Antes que dezenas de pais se revoltem com o presente texto, resta prudente deixar claro por mais óbvio que seja que aqui não se busca colocar todos os pais e mães no mesmo balaio. Cada caso é um caso. Cada pessoa tem suas razões para fazer ou agir como bem entender. A questão que causa revolta...