Mais uma vitória!

Sabe aquelas coisas que acontecem na vida da gente que dá vontade de gritar para o mundo de tão feliz que a gente fica? Há exatos 5 minutos acaba de acontecer isso aqui no nosso escritório. Temos duas ações na justiça federal. A história de sempre. Nossos clientes com câncer precisando de medicamentos de altíssimo custo. Mas dessa vez os juízes de primeiro grau indeferiram a liminar (acredite se quiser). Tivemos que recorrer para Brasília. Travamos uma batalha enorme porque o Desembargador (que foi o mesmo para os dois clientes) também indeferiu a liminar recursal. Gente, foi um estica e puxa. Gente nossa indo lá conversar com ele. Petições a torto e a direita. Ligações semanais. Orações. Tanta dedicação e carinho envolvido que aff! Enfim, deu certo! O Desembargador modificou o entendimento dele e deferiu nossa liminar recursal! Os juízes federais daqui de Goiânia já foram notificados e plim plim! Estaremos aqui agora somente com a missão de ver a decisão cumprida. Me desculpem mas criamos o blog para isso: trazer informação para vocês e compartilhar nossas vitórias e sonhos. Essa é mais uma vitória e nada mais justo que vocês comemorando aqui conosco! Segue a decisão: “Para o deferimento da antecipação de tutela, consoante se observa do conteúdo do art. 273, I e II, do CPC, deve haver a demonstração da existência da prova inequívoca capaz de convencer o magistrado da verossimilhança das alegações, a comprovação da presença do risco de dano irreparável e de difícil reparação, ou, ainda, do abuso de direito de defesa ou do manifesto propósito protelatório. Em casos tais, possuo o entendimento de que,...

Algumas feridas nunca saram

E como todo advogado é também um pouco psicólogo segue uma reflexão minha decorrente de um processo de transição pessoal pelo qual passei e que consegui assim traduzir (espero que gostem):   Algumas feridas nunca saram. Elas param de doer e a gente às vezes até esquece que ali estão, mas volta e meia elas insistem em dar o ar da graça. Mesmo assim nessas idas e vindas sem fim, chega um tempo em que a gente se conforma que não tem jeito, porque elas já fazem parte do nosso corpo, quase que como um apêndice, sem utilidade alguma. A coisa fica tão evidente que a ferida quase se torna uma amiga, confidente, daquelas que sabem exatamente o que a gente sente e que podem ouvir absolutamente tudo sem te julgar, numa cumplicidade sem fim. A maturidade nos faz entender que elas não precisam se curar, que fazem parte da nossa história de vida e que no final das contas nos ajudaram a moldar quem somos de maneira tal que sem elas a gente não é a mesma pessoa. E a dor antes adormecida e passa a inexistir ou se persiste em existir passa a ser apenas uma fisgadinha daquelas que a gente nem precisa de remédio para findar. Eis a vida, cheia de pedras e feridas que com o tempo deixam de nos fazer mal, já que as flores e os frutos no caminho nos ajudam a compreender que somos feitos de uma enorme e infinita complexidade de sentimentos. Janaína Mathias Guilherme Advogada formada pela Universidade de Uberaba em 2001. Inscrita na Ordem dos Advogados do Brasil, Seção...

Coração de pai

Durante os cinco anos em que trabalhou na Delegacia do Meio Ambiente (Dema), em, Goiânia, o delegado Marcelo Aires Medeiros, 37, atendeu centenas de ligações e lidou com as mais diversas situações. Mas teve um telefonema que ele guarda na memória até hoje: o do Juizado da Infância e Juventude. Era um dia normal de expediente, quatro anos atrás, quando Marcelo Aires recebeu a ligação. Após dois anos na fila de espera, foi avisado de que poderia, se quisesse, realizar o sonho de ser pai. Uma menina de 20 dias estava à disposição do casal (ele e a procuradora Cláudia) no Condomínio Sol Nascente. Marcelo deixou a Dema correndo, mal viu que saiu derrubando mesas e cadeiras, e encontrou a mulher no trabalho. Juntos foram para o Sol Nascente, onde o amor desabrochou à primeira vista. Ao bater os olhos na pequena Giovana, toda enrolada em um fino cobertor, eles tiveram certeza de que aquela menininha não esperaria mais por um novo lar. A entrada de Giovana na vida do casal já era esperada, pois, além de aguardarem na fila, fizeram cursos sobre adoção no Juizado e participaram de diversos grupos de estudos. Porém, faltava um detalhe para receber a criança em casa: preparar o quarto e comprar um enxoval. “Como você nunca sabe se é menino ou menina, não tínhamos comprado nada, nem uma chupeta. E o Juizado nos deu dois dias para providenciarmos tudo”, explica Marcelo, visivelmente emocionado. Giovana foi apresentada numa quarta-feira e, na sexta, já estava na nova residência. “Tivemos de ligar para os pais, amigos e outros parentes para ajudarem a comprar o enxoval....

Por que o papai foi embora?

Excelente texto!     http://femmaterna.com.br/por-que-o-papai-foi-embora/ Janaína Mathias Guilherme Advogada formada pela Universidade de Uberaba em 2001. Inscrita na Ordem dos Advogados do Brasil, Seção de Goiás sob o nº. 20.975. Pós Graduada em Direito Civil e Processual Civil pelo Instituto de Estudo e Pesquisa Científica sediado em Goiânia/GO e em Direito Processual Penal pela UFG. Profissional atuante em diversas áreas do Direito, sendo que desde o início de sua carreira prestou serviços a escritórios de advocacia de renome no Estado de Goiás. Autora do artigo ‘Os direitos da esposa à luz do Código Civil de 2002’, publicado na Revista do IEPC, ano 2, nº. 3, 1º semestre de 2005. Membro da Comissão de Direito Ambiental da Ordem dos Advogados do Brasil, Seção de Goiás. Atualmente é sócia do Escritório Guilherme Soares...

O novo modelo da mulher brasileira

Sou mãe. Faço tudo pela minha filha. Faço tudo para um dia poder olhar para trás e ao ver uma linda construção humana, pensar que pude contribuir com cada tijolinho ali colocado. Sou advogada. Trabalho com prazos. Recebo ligações. Whatsap. E mail´s. Atendo pessoas que simplesmente entraram porque viram a placa. Sou filha de uma mãe muito dedicada e que hoje merece e necessita de toda minha dedicação, eis que além de ter cuidado de mim, hoje passa algumas horas com minha filha para que eu possa trabalhar sossegada. Muitas vezes sem a menor paciência tenho que ouvir seus desabafos ou até mesmo o relato de como foi sua emocionante ida à padaria hoje de manhã. Mas lá estou eu, toda ouvidos. Sou esposa. Amo loucamente meu marido e o fato de juntos estarmos construindo uma família. Adoro minha casa. Minha vida. Não a trocaria por nada nesse mundo. Sou mulher e adoro assim ser. Infelizmente o dia tem somente 24 horas para tanta coisa. E por mais que os pronomes pessoais e possessivos tenham se destacado até o momento, é duro reconhecer que não sobre muito tempo para mim. Sou tanto e ao mesmo tempo cuido tão pouco de mim. Mas escolhi ser assim. Sou feliz assim. Saindo de casa sem batom e passando maquiagem no sinal vermelho. Fazendo as unhas de vez em quando. Indo ao médico quando dá tempo para que meus prazos e a saúde da minha filha estejam em dia. Minha profissão me suga. E eu não sou a única a passar por isso. Trabalhar com prazos, se manter atualizada, pesquisar sempre antes de...

Vale a pena deserdar um filho?

Será que deserdar um filho vale a pena? Inúmeras pessoas procuram advogados questionando mil maneiras de se deserdar um filho. Geralmente aquele herdeiro desidioso, o famoso ‘criador de problemas’, que não quer nem estudar nem trabalhar e passa a vida toda aguardando o dia em que receberá a tão sonhada herança. Entretanto, equivoca-se quem pensa que basta estar em desacordo com a postura de vida do filho para vê-lo deserdado de sua herança. Determina o novo Código Civil algumas hipóteses em que o filho pode ser deserdado, sendo elas: praticar ou tentar assassinar o detentor da herança, cônjuge, ou companheiro (a), ascendente ou descendente; praticar denunciação caluniosa contra o falecido; caluniar, difamar ou injuriar o morto ou seu cônjuge ou companheiro (a); tentar de forma violenta ou mediante fraude, influenciar no testamento do morto; deixar em total desamparo a pessoa que morreu se, antes de morrer, era a pessoa alienada mental ou sofria de enfermidade grave; manter relações ilícitas com o padrasto ou com a madrastra; injuriar o morto de forma tão grave que o perdão é impossível; e lesionar físicamente o detentor da herança. Como percebe-se aqui, tratamos de um assunto complexo, eis que envolve sentimentos que muitas vezes, quando feridos, não mais se curam, sem contar que o instituto da deserdação necessita de um exame probatório muito mais concreto que a pura e simples vontade de deserdar. Há que se verificar se o autor da herança deixou provas concretas de qualquer uma das hipóteses verificadas no parágrafo anterior realmente ocorreu. Sem contar que ao herdeiro instituído, ou àquele a quem aproveite a deserdação, incumbe provar a veracidade...