Sou mãe. Faço tudo pela minha filha. Faço tudo para um dia poder olhar para trás e ao ver uma linda construção humana, pensar que pude contribuir com cada tijolinho ali colocado.
Sou advogada. Trabalho com prazos. Recebo ligações. Whatsap. E mail´s. Atendo pessoas que simplesmente entraram porque viram a placa.
Sou filha de uma mãe muito dedicada e que hoje merece e necessita de toda minha dedicação, eis que além de ter cuidado de mim, hoje passa algumas horas com minha filha para que eu possa trabalhar sossegada. Muitas vezes sem a menor paciência tenho que ouvir seus desabafos ou até mesmo o relato de como foi sua emocionante ida à padaria hoje de manhã. Mas lá estou eu, toda ouvidos.
Sou esposa. Amo loucamente meu marido e o fato de juntos estarmos construindo uma família. Adoro minha casa. Minha vida. Não a trocaria por nada nesse mundo.
Sou mulher e adoro assim ser.
Infelizmente o dia tem somente 24 horas para tanta coisa. E por mais que os pronomes pessoais e possessivos tenham se destacado até o momento, é duro reconhecer que não sobre muito tempo para mim.
Sou tanto e ao mesmo tempo cuido tão pouco de mim. Mas escolhi ser assim. Sou feliz assim. Saindo de casa sem batom e passando maquiagem no sinal vermelho. Fazendo as unhas de vez em quando. Indo ao médico quando dá tempo para que meus prazos e a saúde da minha filha estejam em dia.
Minha profissão me suga. E eu não sou a única a passar por isso. Trabalhar com prazos, se manter atualizada, pesquisar sempre antes de escrever ou desenvolver uma nova tese… tudo isso é exaustivo.
O presente texto, no meio de um blog voltado para novidades jurídicas pretende abrir os olhos de quem enxerga a figura feminina como uma super heroína, capaz de matar todos os vilões e voltar para casa com os cabelos escovados e os dentes milimetricamente clareados.
A mulher de hoje é muito mais que uma simples dona de casa (o que já não é fácil) e isso até para aquelas que escolheram não trabalhar e cuidar da prole.
A questão não é só dividir responsabilidades. É dar valor. Incentivar. Apoiar. É entender que a vida desse novo e admirável modelo de mulher não é fácil. Mas assim é e assim será.
Daqui alguns anos, o ordenamento pátrio (após muitos estudos) entenderá esse modelo de mulher. E quem sabe, a vida dessa nova mulher será objeto de alguma prerrogativa de nossa legislação.
Meus amigos! sonhar vale a pena!
Amei o texto! Expressa muito bem a realidade da mulher moderna. Parabéns!!